sábado, 14 de agosto de 2010

Imersão

Até logo. É, talvez.
Convivência obrigatória. Ou quase.
Tensão e tesão medidos inversamente pelo termômetro.
Quero. Quero.
Mais um pouco. Muito mais.
Seco. Vai. Foi.
Não? Não.
Não? Não
Não? Sim.
É assim. Está sendo assim. Venha me encontrar. Para EU me encontrar.
Deixe-me segurar, sentir, possuir. Imergir.
Imersão. IMERSÃO. Quero me afogar. Em ti.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Adeus. Adeus. Adeus.

Chegava a ser deprimente. Era simplesmente a tosca presença alí que o fazia parar. Não conseguia fazer nada. E quando o podia, preferia negar. Ignorar. Sair.

Aquela dúvida eterna enquanto encostava as costas naquele muro molhado com líquidos de diversões alheias. Valia à pena ou não?!

Só houve uma vez que achou que sim. Sapatos molhados de orvalho na grama e molho de cebola sobre o céu semi-estrelado nunca mais foram os mesmos. A surpresa causada. O eu-te-amo nada espontâneo. Roupas de baixo supercoloridas. E o desejo de pra sempre ali ficar.

Muitas saudades. E nenhuma vontade de passar por isso novamente.

C'est fini.

terça-feira, 23 de março de 2010

Culpa dele. Só dele.

Tempo... tudo culpa dele. Tudo.
Enquanto queres aproveitar essas novidades cheias de cores e musicas-que-não-acabam, eu já me cansei e vomito os arrependimentos dessa fase.
Enquanto aproveitas de devaneios em roupas de cama novas, eu só quero o aconchego do meu bom e velho cobertor.
Estamos em tempos diferentes, só isso. No caso de se perderes em suspiros alheios e não cumprires o que antes saia de sua boca, só me restará esperar chegares ao meu tempo.
Quando isso chegar, não saberei em que tempo estarei. Ou se estarei em algum.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A espera.

Após a hora de chegada há sempre a hora de partida. Recolho-me ao descobrir que há hora de partida sem nunca ter existido a de chegada.
Sempre lhe disse que gostei de caminhar por seus medos e dúvidas. Por vezes achavas que era apenas pra te agradar. Enganava-se. Gostava de ouvir, queria compartilhar contigo a sensação de me sentir humano.
E apesar de tudo, como eu sempre disse: Vou esperar. A minha maneira, mas vou esperar.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Esperando. Pensando.

Hoje, enquanto esperava a chuva passar, parei naquele café que presenciara tantos acontecimentos nossos: Tantas conversas jogadas fora, tantas birrinhas e vontades de dizer ’eu te amo’ abafados pela coragem ausente.

Cada pequeno detalhe daquele lugar lembrava você. Sua presença estava impregnada naquelas paredes encardidas que antes eram aconchegantes, agora eram simplesmente sufocantes.

Foi-se o tempo, é verdade. Nunca tentei lhe entender pelo simples fato de não conseguir compreender a mim mesmo.

Não sei se isso existiu ou é simplesmente coisa da minha cabeça doentia. Mas as marcas continuam lá. Essas – ah, as marcas!- elas existem.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ainda é cedo.

Entre três. Entre nós dois, um.

Rápido. Assim como isso está. Agora, qual o seguinte passo?

Talvez nos enganar e deixarmos levar novamente pela libido gerada pelos nossos corpos nessas noites de quase-verão. Ou talvez dançarmos ao som da batida da música que criamos logo após descobrir a existência alheia.

Provável que eu esteja espelhando em ti necessidade do meu ser, ou até mesmo me entregando com uma venda nos olhos.

É assim que se age quando se quer. E eu quero.

sábado, 28 de novembro de 2009

Depois. Logo aí.

Ainda lembro-me da sua face quando lhe conheci. Face essa que até hoje não sai da minha cabeça. Ela pulsa junto com tantos pensamentos. Quebro os vasos que carrego, dentro dele havia sentimentos que sempre estiveram comigo. Não me importa mais.

Sabemos qual o próximo passo. Sabemos o que vai acontecer. Sempre soubemos, desde o seu primeiro sorriso envergonhado. Desde o início ouviu-o falar de seus defeitos. Nunca os viu. E se o tinha, apenas o deixava mais bonito.

Não quero mais pensar sobre o depois. Há muito já desisti de meus planos, só quero ver seu rosto rindo de uma besteira qualquer que lhe conto enquanto tomamos um café numa lanchonete de esquina.