sábado, 25 de abril de 2009

Monóxido de hidrogênio

A água lhe invadia as pernas. Não lhe importava se o queimava. Era quente. Estalou suas costas em um gesto brusco. Olhou pela janela e viu. Não queria recordar. Aquela antiga água congelara e não queria que derretesse nunca mais. Mas, com o calor irradiado de seu corpo em pleno outono gelado, descongelou. Não era mais a mesma água. Antes límpida, agora negra e rançosa. Não queria mais bebê-la.
Voltou a sua água quente, que subia e o queimava ainda mais.

3 comentários:

Luiz Ricardo disse...

ora, água gelada é tao melhor que agua quente.. as vezes. he he he, tá ótimo marcos, ando adorando tuas metaforas

Paulo Augusto Franco disse...

estranho lugar comum, como beber de uma água imaginando que a beberia pelo resto da vida...

bonitas composições.

Anônimo disse...

Não gostei muito desse texto. E esse novo layout é macabro! /sinceridade